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° Manhã gelada °

  • Foto do escritor: Natalia Sofia
    Natalia Sofia
  • 28 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura

Manhãs geladas com gostinho de café e cheirinho de outrora

Manhãs geladas com desejo de outrora, com desejo de sexta à noite, com cortes acolhedoras, desejo de amigos que nunca conhecemos, desejo da falta de importância, desejo de ser novamente, apenas, a telespectadora da jornada da vida

Uma manhã gelada que me lembra quem sou e quem sonho em ser, que me lembra os caminhos em que devo caminhar

Uma vez me perguntaram o porquê faço o que faço, eu disse a essa pessoa que eu amo o que faço, disse que me sentia completa quando o fazia, mas pensando bem, digo que não. Eu amo mesmo ver os pingos de chuva em queda livre, amo ver os pássaros durante o último ato do astro rei, amo quando o trem está lotado e de repente uma pessoa com o fone no ouvido sorri e baila levemente durante a melodia da música em seus ouvidos, amo quando uma pessoa está lendo e ela fecha o livro e da pulinhos de alegria.


Nada disso depene de mim, e então você me pergunta: Por que você faz o que faz?

Lembro-me de ler certa vez: “Trabalhe com aquilo que ama e passe a odiar tudo em sua vida”

Eu não amo quando subo as escadas da minha casa no fim do dia tipo: “puta que pariu, puta que pariu, puta que pariu”, enquanto manco Eu não amo errar a cesta, e ouvir que vou ir para o banco Eu não amo passar 5 horas do meu dia só em transporte E certamente não amo ter só 5 horas para dormir todos os dias E você me pergunta: Então por que diabos você faz o que faz? Eu faço porque sou viciada nisso, faço porque gosto de desafios, faço porque gosto dos meus limites, faço simplesmente porque me convém, faço porque eu sou quem sou fazendo essas coisas e cada uma delas representa uma parte da minha alma que precisa falar. Meus ombros doem quando fico horas pintando, mas, “eu... eu me perco dentro de mim mesma... me torno vazia e cheia ao mesmo tempo e consigo sentir a terra inteira se agitar ao meu redor”. Minhas pernas doem e minha mente clama por descanso quando passo horas jogando basquete, mas, “Quando *jogo*, não sou... pelo menos uma vez, não estou destruindo. Estou criando” Trabalhe com aquilo que te droga todos os dias e seja uma pessoa na qual você se orgulha em ser

 
 
 

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