° Perdida em Carmim °
- Natalia Sofia
- 28 de nov. de 2022
- 1 min de leitura
Hoje o céu amanheceu rosa.
Eu amanheci vermelha carmim, o mais intenso e vibrante tom vermelho que posso imaginar e sentir, a imensidade desses tons me fizeram sonhar, viajar e imaginar as mais improváveis cenas do meu encontro com a dita alma gêmea designada a mim.
Ainda por vezes imaginar as feições dessa pessoa, imaginar os costumes e gostos como se eu tivesse o mínimo controle sobre o que está reservado a mim.
Talvez seja apenas uma epifania irônica feita para aguçar em mil vezes o meu desejo de ser parte de um lindo e dramático romance juvenil.
Confesso que pularia a parte do "romance proibido" ou "casal improvável".
Mas então após uma eternidade de imersão em pensamentos irreais e desejos literários, me deparo com um erro em meu mundo "perfeito", escuto uma voz de origem desconhecida que anuncia o fim dos tempos com o enunciado de chegada à próxima estação. Apesar de desejar imensamente uma vida como a dos meus contos é imensuravelmente preferível viver como Enola Holmes, Dilma Rousseff e Lúcia Peixoto. Tão lindo quanto imaginar o inimaginável é viver no previsível e extraordinário mundo do século XXI.

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